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Conforto Térmico

    O conforto térmico é uma das coisas mais importantes ao se projetar uma edificação, pois é a satisfação psicofisiológica de um indivíduo com relação as condições térmicas do ambiente. Ou seja, ninguém quer ter a casa mais bela do mundo e recorrer ao ar condicionado durante a noite de tão quente que a casa fica.

    Durante o processo de projeto, o arquiteto tem que pensar na incidência solar nas fachadas e como a iluminação natural vai se comportar nos ambientes da edificação. A iluminação solar é extremamente importante para o ser humano pois é através dela que nosso organismo realiza uma série de funções fisiológicas, além disso há normas que determinam a de quantidade de luz natural para cada ambiente e atividade da edificação.

    A luz penetra de duas maneiras em uma edificação: pelos lados (lateral) através de aberturas como janelas e por cima (zenital) através de claraboias por exemplo. Além disso, devem ser consideradas as influências das edificações vizinhas em relação ao sombreamento para que não haja redução da incidência de luz solar, principalmente nas áreas que necessitam de maior insolação.

    Outro ponto a ser levado em conta, é que não há uma formula para se resolver o conforto térmico de um projeto, pois mudando sua localização, a solução também muda. O Brasil por ser um país continental, possui 5 zonas climáticas e para cada região existe normas e parâmetros para serem seguidos.

    De maneira geral, o Brasil que se localiza no hemisfério sul, recebe a maior incidência solar na face norte. A face leste recebe o sol da manhã, a oeste recebe o sol da tarde e a face sul é a que recebe a menor quantidade de raios solares. Por isso, o projeto arquitetônico precisa estar adequado quanto a orientação solar, para obter o melhor posicionamento em relação ao sol, ou seja, sua posição vai ajudar a definir a disposição dos ambientes da edificação, suas aberturas, elementos de proteção solar (brises, marquises, cobogós) e também a posição das placas de captação de energia solar.

    O ideal é que os dormitórios (ambientes de longa permanência) sejam posicionados no leste, pois recebem o sol agradável da manhã e evitam o superaquecimento à tarde. A face oeste deve ter os ambientes de pequena e média permanência, como: área de serviço, banheiros e etc. A face sul durante o inverno, quase não recebe luz solar e no verão recebe apenas nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde, por isso essa face deve ser estudada para evitar ambientes frios e úmidos.

    Portanto, um bom projeto deve criar uma residência ou comércio confortável para as pessoas que irão usufruir de seu espaço, de forma que este não precise de artifícios eletrônicos para solucionar problemas térmicos criados pela má elaboração do arquiteto.